segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

o 31 de janeiro em v. n. famalicão

para o dr. sá da costa, com um abraço de fraterna amizade



A "31 de Janeiro - Associação Cultural e Cívica" do Porto, comemorou ontem em Vila Nova de Famalicão no Pica-Pau, o que se passou em 1969 no mesmo sítio, a 31, na evocação da data histórica pós-ultimatum 1890. A 27 de Janeiro de 1969, um requerimento então dirigido ao Governador Civil de Braga, solicitava autorização para as comemorações do 31 de janeiro de 1969 em famalicão, "à semelhança do que está previsto e autorizado em outros pontos do Pais." Os signatários, conforme se pode ver no requerimento que se reproduz, intitulavam-se "democratas do concelho de Vila Nova de Famalicão." Os jornais nacionais deram eco do acontecimento. É o caso do "Diário de Lisboa", o qual noticia, a 31, a actividade da oposição democrática a nível nacional perante as comemorações da respectiva data histórica republicana. Da actividade realizada em Famalicão, fala nela nos seguintes termos: "a mesma data histórica é assinalada por um jantar, na qual presidirá o sr. dr. António Cleto Malvar e no qual serão oradores os advogados srs. drs. Joaquim da Silva Loureiro e António Macedo Varela." Com o texto histórico "Aspirações Nacionais - as dos Combatentes do 31 de Janeiro", de Raul Rego, e publicado no mesmo jornal, a propósito da data histórica que então se comemora, dirá, a dado passo, que "o 31 de Janeiro correspondia, sem dúvida, aos anseios mais íntimos da alma nacional."

Joaquim Loureiro discursando




Contudo, não deixa de ser curioso que, apesar das actividades serem autorizadas oficialmente, os intervenientes mencionados, assim como outros, verão o seu nome num oficio confidencial de 16 de Maio de 1969 do então Presidente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, João Garcia Dias da Costa, para o Governador Civil de Braga, constando no mesmo ofício um curriculum das suas actividades políticas, com referências pessoais. Não coloca em causa, eis o paradoxo, da idoneidade moral dos mesmos. Vejamos os três mencionados:


  • António Cleto Malvar. Tem o 4.º ano de Direito é comerciante cujo estabelecimento é local de reuniões políticas. No meio da oposição é influente pelo auxílio mmaterial. Possui casa de habitação em Gavião, onde consta que tem havido reuniões políticas. Ultimamente também constou, embora sem confirmação até à data que as tem feito numa casa agrícola que possui na freguesia de Telhado.
  • Dr. António Macedo Varela. Advogado, estudioso. Trabalhador em cuja residência tem juntado juventude que gravita à sua volta e aglutinou mercê da iniciativa que tomou de criar um cine-clube. É influente. É activo.
  • Dr. Joaquim Loureiro. Advogado que veio das Caldas da Rainha fazer estágio em Famalicão onde ficou a trabalhar no escritório do Dr. Armando Bacelar. Foi expulso da Escola Técnica onde era professor. Frequenta a Igreja e mostra-se especialista em documentos papais. Oposicionista activo, dirige a juventude e faz reuniões onde são lidos os pensamentos de Mao Tsé-Tung- Trás estudantes de Coimbra para falarem nessas reuniões. Tomou parte no Colóquio do Senhor Ministro das Corporações. Apregoa ser católico mas não tem boa aceitação no meio católico. Está em formação obedecendo a instruções, desempenhando tarefas.



As comemorações do 31 de Janeiro de 1969 foram, podemos dizer, o primeiro momento da campanha eleitoral da oposição democrática nas eleições legislativas do mesmo ano, as quais se realizaram a 26 de Outubro. Neste âmbito, nas comemorações do 40.º Aniversário das Eleições Legislativas de 1969, o Museu Bernardino Machado organizou uma evocativa das mesmas, com uma mesa-redonda, na qual participaram Artur Sá da Costa, Macedo Varela, Joaquim Loureiro, Margarida Malvar e Eduardo Ribeiro, moderada por Norberto Cunha, coordenador cinetífico do respectivo Museu. A referida exposição ficou assim organizada: i) Comemorações do 31 de Janeiro; ii) Congresso Republicano; iii) Revolta Académica de Coimbra; iv) Eleições Legislativas de 1969; v) Braga. Vila Nova de Famalicão. O catálogo desta exposição, assim como a própria mesa-redonda, com um texto introdutório de Artur Sá da Costa ("Eleições Legislativas de 1969: a esperança ou ilsuão?"), encontra-se publicado no "Boletim Cultural" da autarquia famalicense, 3.ª série, n.º 5, de 2009.

sábado, 29 de janeiro de 2011

lídia jorge em famalicão

Lídia Jorge esteve ontem presente na sessão "Um Livro, Um Filme" em S. Miguel de Seide, no Centro de Estudos Camilianos. Apresentou o livro e o filme "A Insustentável Leveza do Ser", Kundera e Philip Kauffman a par. Seleccionei duas frases do livro, as quais dão para perceber a problemática no seu conjunto, quer do livro, quer do filme, segundo o que Kundera pretende explorar. No blog http://litfil.blogspot.com/ estarão lá algumas capas de alguns livros da escritora portuguesa e do escritor checo.



  • "O eterno retorno é uma ideia misteriosa de Nietzsche que, com ela, conseguiu dificultar a vida a não poucos filósofos: pensar que, um dia, tudo o que se viveu se háde repetir outra vez e que essa repetição se há-de repetir ainda uma e outra vez, até ao infinito! Que significado terá este mito insensato? / O mito do eterno retorno diz-nos, pela negativa, que esta vida, que há-de desaparecer de uma vez por todas para nunca mais voltar, é semelhante a uma sombra, é desprovida de peso, que, de hoje em diante e para todo o sempre, se encontra morta e que, por muito atroz, por muito bela, por muito esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor não tem qualquer sentido."
  • "Que escolher, então? O peso ou a leveza? / Foi a questão com que se debateu Parménides, no século VI antes de Cristo. Para ele, o universo estava dividido em pares de contrários: luz-sombra; espesso-fino; quente-frio; ser-não ser. Considerava que um dos pólos da contradição era positivo (o claro, o quente, o fino, o ser) e outro, negativo. Esta divisão em pólos positivos e negativos pode parecer de uma facilidade pueril. Excepto num caso: o que é positivo: o peso ou a leveza? / Parménides respondia que o leve é positivo e o pesado, negativo. Tinha razão ou não? O problema é esse. Mas uma coisa é certa: a contradição pesado-leve é a mais misteriosa e ambígua de todas as contradições."
Milan Kundera


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

feminismo republicano

IV CICLO DE CONFERÊNCIAS




No âmbito das comemorações do Centenário da Implantação da República em Portugal, a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e o Museu Bernardino Machado vão dar início ao IV Ciclo de Conferências denominado "As Mulheres e a I República", o qual irá decorrer durante este ano. Este ciclo vem na continuidade dos já realizados, nomeadamente "Os Presidentes da República" (2003-2005), "As Lutas Académicas Estudantis" (2006-2008) e "As Grandes Questões da I República" (2009-2010). O IV Ciclo de Conferências "As Mulheres e a I República" terá vários especialistas da área, caso de Antonieta Garcia com "Feminismos na I República: o caso de Carolina Beatriz Ângelo", Zélia Osório que nos falará das "Mulheres Intelectuais Republicanas", ou de Norberto Cunha com "Bernardino Machado e o Feminismo e as Mulheres da I República", entre outros. Fernando Catroga, com a conferência "O Feminismo na I República#, irá abrir o IV Ciclo de Conferências no próximo dia 4 de Fevereiro, pelas 21h30, no Museu Bernardino Machado em V. N. de Famalicão, na R. Adriano Pinto Basto.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

guarda nacional republicana

O Ministro do Interior, António José de Almeida, assina no Paço do Governo da República o Decreto da criação da Guarda Nacional Republicana, no dia 3 de Maio de 1911, sendo então publicado no "Diário de Governo" no dia seguinte. Deixo aqui um extracto.





sábado, 22 de janeiro de 2011

guarda nacional republicana 100 anos famalicão

uma memória afectuosa
  • O símbolo do Batalhão n.º 4 da Guarda Nacional Republicana, comando Braga, ao qual o meu pai, 1.º Sargento Guilherme Gonçalves, pertenceu. Comandou o posto de Vila Nova de Famalicão entre 1951 a 1976. Comandantes do mesmo posto anterior ao meu pai (ainda não descobri as respectivas datas no comando do posto famalicense): Luís Gonzaga Caseiro, 2.º Sargento; António Gonçalves, 2.º Sargento; Joaquim Lopes, 2.º Sargento; Tomé Cândido Gonçalves, 2.º Sargento; Joaquim Coelho de Almeida, Furriel; Manuel Narciso Soares, Furriel; Joaquim Francisco Vicente, Furriel; João António Filipe. O meu pai foi promovido a 1.º Sargento em 12 de Março de 1971.



A Guarda Nacional Republicana nasceu com a República através do Decreto de 3 de Maio de 1911, no qual é criada. Neste decreto é clarificado os objectivos e organiza a instituição militar, como corpo especial de militares para velar pela segurança pública, a manutenção da ordem e a protecção das propriedades públicas e privadas.. Por seu turno, a Lei de 1 de Julho de 1913 certifica a criação da Guarda Nacional Republicana por todo o país. Como não poderia deixar de ser, quer o Decreto de 1911 e a Lei de 1913 tiveram os seus efeitos em V. N. de Famalicão. Se num primeiro momento foram os primeiros passos administrativos, num segundo momento passou-se à criação da Guarda Nacional Republicana, a qual, em V. N. de Famalicão, só teve os seus efeitos práticos em 1913. Podemos ver isso mesmo pelos jornais famalicenses, nomeadamente o "O Porvir", o órgão oficial dos republicanos, e o "Estrela do Minho" (7 Maio 1911). Será até o "Estrela do Minho" que noticiará o respectivo decreto da criação da GNR nos seguintes termos: "Foi publicado o decreto da criação de uma guarda para as cidades e aldeias, encarregada também da guarda da propriedade rural, fiscalização dos rios, aos vadios, etc. / Este corpo será composto de cinco mil soldados, cerca de 800 cavalos. / Muito há a esperar de benefícios desta guarda se ela se compenetrar devidamente do seu dever cívico." O jornal governamental, de Sousa Fernandes, e na presidência da nova câmara republicana, "O Porvir" só nos falaria da GNR em 24 de Agosto de 1991, dizendo-nos o seguinte: "O sr. Administrador acaba de receber do sr. Governador Civil do Distrito um ofício dizendo-lhe que virão para aqui 11 praças da Guarda Nacional, em via de organização. / Lembra a conveniência de a nossa câmara ir preparando o alojamento, indicando a cubagem que devem ter os aposentos para os soldados e a mobília que é necessário adquirir. / Ao mesmo tempo que se vão recrutando e instruíndo as praças, ir-se-ão preparando os respectivos quartéis a fim de que as forças possam ser instaladas logo que os batalhões da Guarda Nacional se organizem. / Foi uma excelente iniciativa a do actual ministro do interior criando este corpo de polícia cívica, que se tornava absolutamente necessárias nas pequenas localidades." Não deixa de ser curioso que, já mesmo na monarquia, os jornais o noticiam, a comunidade famalicense já pretendia uma força do género no concelho. Tal só veio, contudo, a acontecer em 1913. Mesmo, conforme nos noticia "O Porvir" em 31 de Agosto de 1911, que a "Câmara Municipal foi há dias visitar o edifício da cadeia. resolvendo mandar lavar e caiar o prédio, interiormente, e soalhar algumas salas, para que ali possa ser instalado o destacamento de 11 praças da Guarda Nacional, que vem policiar esta terra." A 24 de Agosto, o mesmo jornal, publica o seguinte extracto do documento oficial que formaliza as regras de adesão: "«Vai ser organizado o Batalhão n.º 6 da Guarda Nacional Republicana, destinado aos distritos de Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança, para que foi feito convite às praças das unidades activas e de reserva, as quais devem saber ler e escrever, ter bom comportamento e menos de 35 anos de idade.»" E comenta: "Também virá para Famalicão um pequeno destacamento de soldados da Guarda Nacional." O tempo passa, e o jornal "Estrela do Minho", em 5 de Novembro de 1911, comenta com entusiasmo inicial a criação da GNR em V. N. de Famalicão, como, igualmente, em todo o país, terminando com a recomendação da sua vinda, considerando que seria um "grande melhoramento" para o concelho.



Uma Guarda de Honra especial, na R. Álvaro de Castelões, no dia da Guarda Nacional Republicana em Vila Nova de Famalicão, em 3 de Maio de 1971. Na foto, o meu pai, ainda 2.º Sargento, é o primeiro a contar da esquerda.


O ano de 1913 será o ano efectivo da instalação da GNR em V. N. de Famalicão. "O Porvir", logo a 3 de Janeiro, noticia a preocupação da câmara municipal da sua organização no concelho, resolvendo "representar ao Parlamento sobre a necessidade de ser organizada a Guarda Republicana no distrito de Braga, como já está organizada nos distritos de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora." Para além da intervenção no Parlamento, a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão dirigiu-se às câmaras do distrito para a implementação da GNR no mesmo. O jornal "Estrela do Minho", a 5 de Janeiro, publica a mesma notícia, praticamente no mesmo teor. "O Porvir", em 27 de Fevereiro, já evidencia que, finalmente, vamos "ter esta polícia no nosso concelho em número de 12 a 15 praças. Para este fim já a nossa Câmara foi notificada pelo respectivo comando de Batalhão que vai ter a sua sede em Braga, de maneira a preparar aquartelamento para as referidas praças." Termina com um voto de congratulamento ao ministro do interior, o qual "acedeu ao reiterados pedidos que para este fim lhe foram feitos pelos representantes parlamentares e pelas câmaras municipais do nosso distrito." O "Estrela do Minho", dando também a mesma notícia, faz, no fim, o seguinte comentário: "É um serviço de grande alcande o dessa guarda, principalmente para o policiamento da propriedade rural, exposta a toda a casta de vandalismos e de roubos." Os primeiros militares que constituíriam o posto de Famalicão vieram do Porto, um Cabo e 9 praças, referindo "O Porvir", em 27 de Março, os seus serviços nos seguintes termos: "... já deram começo ao seu serviço de rondas na vila e nas freguesias, apresentando-se com garbo marcial e com uma compostura de modos que se impõe ao respeito e admiração de todos." Pouco tempo permaneceram em Famalicão, porque em 10 de Abril "O Porvir" já noticia a sua ida para o Porto, sendo substituídos "por outra força de 10 praças comandadas por um 2.º Sargento." Em 15 de Maio, "O Porvir" informa os seus leitores do regulamento que então publicou sobre a nova instituição militar famalicense, realizado pelo administrador do concelho, informando que a GNR será a executora do Código de Posturas Municipais da autarquia famalicense. Não foi "O Porvir" que publicaria esse regulamento da GNR em Famalicão, mas sim o "Estrela do Minho" a 17 de Maio.


"Publicamos aqui o regulamento que há-de ser observado pela Guarda Republicana, no nosso concelho, a qual será também a executora do código de posturas municipais. Esse regulamento foi elaborado pelo digno administrador do concelho, que soube atender a todos os assuntos de interesse público, pelo que o felicitamos. Como é sabido, é a autoridade administrativa quem superintende no serviço civil da Guarda, a qual bem guiada, por esse funcionário e pelo Sargento Comandante do Posto, muito contribuirá para moralizar os costumes, evitando assaltos à propriedade e fazendo respeitar rigorosamente a lei municipal, terá a nossa terra subido muito no seu progresso devido ao grande melhoramento concedido ao país pela República, com a criação da Guarda Republicana que garante a propriedade e a vida dos cidadãos.





INSTRUÇÕES
Para o destacamento da Guarda Nacional Republicana, composta de 11 praças, sob o comando de um 2.º sargento, nomeado para fazer serviço neste concelho:
  • 1.º O destacamento, como força militar organizado e em desempenho de uma missão patriótica e civilizadora, deve impôr-se ao respeito da população pela extrema correcção do seu porte, cumprindo todos os seus deveres militares com o máximo rigor e em exacta observância dos regulamentos vigentes.
  • 2.º São atribuições gerais do destacamento nos termos de que dispõe o artigo 2.º do decreto com força de lei de 3 de Maio de 1911:
a) A polícia das povoações, estradas, caminhos, pontes, etc.;
b) Velar pela conservação das florestas e bosques pertencentes ao Estado, ao Município e aos particulares;
c) A observância das leis e regulamentos sobre o uso e porte de armas, exercício de caça e da pesca e sobre substâncias explosivas;
d) Vigiar pela conservação dos pastos e, em geral, pelas propriedades de todos os habitantes;
e) Vigiar pela conservação das árvores e propriedades que fazem parte da riqueza pública ou camarária;
f) Velar pela conservação dos viveiros e plantas do Estado;
g) A vigilância das linhas férreas, linhas telegráficas e telefones;
h) Prestar auxílio aos empregados do correio e dos telégrafos, sempre que lhe seja solicitado;
i) Perseguir os vagabundos, protegendo as propriedades para para impedir que sejam invadidas por eles;
j) Quaisquer outros serviços que por lei, regulamentos ou ordens especiais lhe forem incumbidas.
  • 3.º No desempenho das atribuições a que se refere o número anterior, o destacamento procederá em harmonia com as leis gerais da República e com o Código de Posturas deste Concelho, do qual cada praça possuirá um exemplar, devendo ter exacto conhecimento das suas disposições.
  • 4.º O procedimento contra infractores do código de posturas será rigorosamente executado logo a seguir à infracção sem nenhuma espécie de consideração pela qualidade de pessoa que a cometeu, devendo as praças ter bem presente que todos os cidadãos são iguais perante a lei.
  • 5.º No cumprimento dos seus deveres policiais as praças não esquecerão nunca qe devem tratar todas as pessoas com a urbanidade, e sempre que for possível procurarão manter a ordem pública e o respeito às leis por meios suasórios, moderados e conciliadores. Esta regra não obsta, porém, a que as praças procedam com firmeza e energia sempre que por meios brandos não consigam de pronto fazer respeitar as suas ordens ou o seu posto de serviço.
  • 6.º As praças não farão nunca exigências, nem darão ordens que não sejam fundadas nas leis ou regulamentos, ficando responsáveis pelas arbitrariedades que cometeram.
  • 7.º No policiamento da Vila e das freguesias do oncelho, as praças deverão ter especial cuidado em evitar e reprimir todos os actos contrários em evitar e reprimir todos os actos contrários à higiene, , devendo ter as pessoas embriagadas e as que na via pública proferirem obscenidades ou expressões injuriosas, assim como os que praticarem acções contrárias à moral pública, aos preceitos geralmente observados pelos povos civilizados e às regras estabelecidas para se manter a salubridade das populações.

  • 8.º As hospedarias, casas de dormida, casas de pasto, tabernas e outros estabelecimentos congéneres, deverão ser activamente vigiados pelas praças, procurando informar-se da qualidade das pessoas que as frequentam e deter para averiguações todas as que por qualquer motivo se tornarem suspeitos.
  • 9.º Todas as praças devem ter o maior cuidado em impedir, ou em promover a competente a qualquer repressão de qualquer acto público de hostilidade ou de falta de respeito à República e às suas instituições e, muito especialmente, aqueles a que se refere a circular do Ministério do Interior de 28 de Março do corrente ano e a que correspondem as seguintes penalidades marcadas no artigo 3.º do decreto de 23 de Dezembro de 1910 e no artigo 20 de lei de 23 de Outubro de 1911.






  • 10.º Para cumprimento do disposto no número anterior, devem todas as praças:
a) Autoar, ou prender quando em flagrante delito, todas as pessoas que pelo seu procedimento ou pela sua atitude intencionalmente descortêz e ofensiva do acatamento devido à Bandeira e ao Hino Nacional, que são símbolos da Pátria, manifestamente expressem o seu desrespeito por esse símbolos, quer empregando gestos, palavras, escritos, desenhos ou actos considerados irreverentes ou obscenos quer conservando-se assentado e de cabeça coberta ao executar-se o hino ou à passagem da bandeira.
b) Autoar quaisquer corporações ou colectividades particulares que empregarem bandeiras que possam confundir-se com a nacional, ou da qual apenas se diferencem por legendas ou dísticos ou por leves variantes na disposição das cores republicanas;
c) Autoar qualquer indivíduo ou corporações particulares que empreguem a bandeira nacional como ornamentação ou reclame de estabelecimentos comerciais quaisquer, barracas de feira, casas de penhores e leilão, etc., etc.
d) Autoar qualquer indivíduo ou corporação particular que faça uso e aplicação das cores e do escudo republicano em tabuletas, impressos, reclames, prospectos, rótulos, cartazes de natureza comercial ou em vestuários, mobiliários ou edifícios que não sejam do Estado ou das repartições ou estabelecimentos da sua dependência. / Ficando entendido que o procedimento determinado nas alíneas do presente número só será tomado depois de prévio aviso aos infractores e quando este não seja imediatamente atendido.
  • 11.º As praças somente poderão fazer uso das suas armas nos casos especificados no artigo 37.º do decreto do decreto com força de lei de 3 de Maio de 1911.
  • 12.º Sempre que qualquer praça tenha de capturar, multar ou adoptar procedimento repressivo contra transgressores da lei geral ou do código de posturas, participará logo a ocorrência ao comandante, o qual sem perda de tempo a levará ao conhecimento do administrador do concelho.
Famalicão, 20 de Maio de 1913.
O Administrador do Concelho
Rocha Carvalho"


"Guarda Republicana. Instrucções". In Estrela do Minho. V. N. de Famalicão, Ano 17, n.º 924 (17 Maio 1913), p. 3

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ensaios poéticos


o poeta e ensaísta famalicense luís serguilha acaba de publicar na revista brasileira online http://www.germinaliteratura.com.br as construções poéticas/rizomas poéticos com o título "Poetas-Cavalos-Sonâmbulos das Escrituras-Pyroclastic: Lahars dos Poetas-Sufirtas".

música e poesia






Opinião Pública (19 Jan. 2011), p. 8

escultura no feminino



Opinião Pública (19 Jan. 2011), p. 6

a república chegou a famalicão



ACTA N.º 1
JURAMENTO E POSSE


Aos oito dias do mês de Outubro de mil noveentos e dez, em Vila Nova de Famalicão, no Paço do Concelho, e sala nobre das sessões públicas, onde se achava reunido o povo desta vila e concelho, pelas onze horas e meia da manhã, compareceu o excelentíssimo cidadão Joaquim José de Sousa Fernandes, administrador do concelho, que declarou que em nome do Governo provisório da República do qual acabava de ser constituído delegado nomeava ali publicamente o nome dos cidadãos que como membros da Comissão Municipal Republicana, deste concelho, passavam desde este momento e de conformidade com as instutições do referido Governo Provisório a ocupar os lugares de vereadores. / Estes cidadãos foram em voz alta proclamados da forma seguinte: como efectivos - António de Araújo Costa, Francisco Maria de Oliveira e Silva, Zeferino Bernardes Pereira, Alfredo Rodrigues da Costa, Augusto de Sá Pinheiro Braga, Domingos Lopes da Silva e Teófilo Vaissier; e como suplentes - João Gomes Correia de Abreu, Manuel Pinto de Sousa, Constantino de Almeida Matos, Abílio Gomes Ferreira da Costa, António Correia Machado, Augusto Pereira Sampaio e Manuel de Araújo Monteiro. / Os sete primeiros cidadãos tomaram imediatamente assento, após o que o senhor António da Costa que ocupou a cadeira da presidência, tomou a palavra para congratular-se com o advento da República, agradecer a honra da sua investidura naquele lugar, e prometer durante o tempo que o ocupasse zelar os interessers do município com a máxima dedicação. / O cidadão Alfredo Costa por seu termo fez declarações semelhantes e pediu licença para ali tornar pública a adesão ao novo regime do reverendo padre Manuel da Costa Freitas Reis. / O cidadão Francisco Maria de Oliveira e Silva fala também no mesmo sentido e por último pedem ainda para falar o cidadão Daniel Augusto dos Santos, presidente que foi da extinta Câmara Municipal para declarar que com a mesma dedicação com que serviu o deposto regime monárquico, passava a aderir ao regime que a República caba de inaugurar, e isto por se convencer de que as tradicionais instituições monárquicas já não podiam satisfazer ao interesse da nossa Pátria. / Como este também o cidadão António Ângelo Pinheiro da Gama, se declarou aderente ao novo estado de coisas políticas. / E por nada mais haver a tratar encerrou-se a sessão aos gritos de Viva a República. E eu António Ferreira de Matos, secretário, a subscrevi. / Sousa Fernandes, Araújo Costa, Oliveira Silva, Zeferino Bernardes Pereira, Alfredo Rodrigues da Costa, Lopes da Silva.




Sousa Fernandes

sábado, 15 de janeiro de 2011

agostinho da silva e famalicão

  • "O essencial na vida não é convencer ninguém..."

  • "Em lugar de «penso, logo existo» empregue o «sinto, e só existo quando sinto, e por sentir, o unvierso existe» e verá como se lhe abre diante uma larga estrada de entendimento, de fraternidade e de útil trabalho."
Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo


Em 1941, Vila Nova de Famalicão teve não só a visita do ex-Presidente da República brasileiro Washginton Luís, como também a de Agostinho da Silva, o qual, segundo noticia então publicada pelo jornal famalicense Estrela do Minho "visita a Tipografia Minerva para observar o andamento das suas obras". De algumas delas, digitalizei hoje algumas fotocópias das capas de alguns livros, aqui dando-as ao conhecimento público. Para além destas, e de anos posteriores (e antes, nomeadamente as histórias de vários países, assuntos e as biografias de várias personalidades) a 1941, Agostinho Silva publicaria, entre nós, O Cristianismo (1942), Glosas (1945), Diário de Alceste (1945) ou as famosas Sete Cartas a um Jovem Filósofo (1945).

















sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

seide, ponto do universo

LITERATURA E NATUREZA
"A gente das cidades pergunta-me em que país do mundo florescem, em Dezembro, bouças e montados. / Respondo que é em Portugal, no perpétuo jardim do mundo, no Minho, onde os inventores de deuses teriam ideado as suas teogonias, se não existisse a Grécia. No Minho, ao menos se buscariam águas límpidas para para Castálias e Hipocrenes. No Minho, a Cítera para a mãe dos amores. Nos arvoredos desta região de sonhos, de poemas, e rumores de conversarem espíritos, é que os sátiros, as dríades e os silvanos sairiam a cardumes dos troncos e regatos: que tudo aqui parece estar dizendo que a Natureza tem segredos defesos ao vulgo, e como a entreabrirem-se à fantasia de poetas. / Mas que flores... quer o leitor saber que flores vestem os calvos e denegridos cerros do Minho, em Portugal. São flores a festões, cachos de corolas amarelas em jardins: é a florescencência dos tojais, plantas repulsivas por seus espinhos, alegres de sua perpétua verdura, únicas a enfeitarem a terra quando a restante natureza vegetal amarelece, definha e morre. E desse privilégio como que o agreste arbusto se está gozando soberbamente, pois que vos amostra as suas pinhas de flores, e com os inflexíveis espinhos vos defende o despojá-lo delas."
Camilo Castelo Branco - Amor de Salvação. Lisboa: Círculo de Leitores, 1989, p. 11.
do projecto literário em curso
"Dicionário Temático Camiliano"
por Amadeu Gonçalves

as artes e camilo


II BIENAL DE FAMALICÃO
II Bienal de Famalicão: em torno de Camilo. V. N. de Famalicão: Câmara Municipal; Fundação Cupertino de Miranda, 1997
Exposição realizada entre 1 de Fevereiro a 11 de Maio nos seguintes núcleos: Fundação Cupertino de Miranda, Casa-Museu de Camilo, Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e Casa da Cultura de Famalicão. Comissão executiva constituída por Miguel von Hafe Perez, Joaquim LimArtur Sá da Costa.




  • Aníbal Pinto de Castro - "Camilo Castelo Branco: a vida e a ficção como temas de criação plástica".
  • José Manuel de Oliveira - "A Herança do Romancista".
  • J. Cândido Martins - "Afirmação da Estética Realista-Naturalista e a RecepçãoCrítico-Parodística de Camilo".
  • Miguel von Hafe Perez - "A Propósito da II Bienal de Famalicão - em torno de Camilo".

domingo, 9 de janeiro de 2011

famalicão 1933


  • Júlio Brandão - "Miniaturistas Portugueses".





  • D. Manuel Gonçalves Cerejeira - "Bodas de Ouro Sacerdotais".
  • D. Manuel Gonçalves Cerejeira - "Cartas Aos Novos".
  • Bernardino Machado - "O Presidente Salazar".





  • Bernardino Machado - "Os Perigos da Ditadura".



  • Daniel Rodrigues - "Terras de Basto"


  • Nuno Simões - "O Ultramar como Fornecedor e Cliente das Indústrias Metropolitanas".


  • Nuno Simões - "Evolução Comercial dos Vinhos do Porto". In Monografia do Porto.
  • Artur Cupertino de Miranda - "A Posição Dominante da Unidade Demográfica, Económica e Financeira «Porto» no Plano Nacional"
  • A revista do "Caminho de Ferro do Norte Ilustrado" publica uma rtigo de Vasco de Carvalho com o título "Famalicão"
  • A Casa do Minho do Rio de Janeiro publica revista "Minho", com o subtítulo de "Colectânea Literária e Artística". Foi publicado um número único. Contém os seguintes artigos: i) "Famalicão"; ii) Nuno Simões - "Poetas Minhotos: soneto"; iii) Sousa Fernandes - "Quadro Rústico"; iv) António Guimarães - "Camilo e o Minho"; v) Bernardino Machado - "O Minho"; vi) Nuno Simões - "Notas Demográficas sobre o Entre-Douro-e-Minho"; vii) Álvaro de Castelões - "Miragem"; viii) Artur Cupertino de Miranda - "Brasil e Portugal", "O Despertar"; ix) Fedro Mesquita - "O Brasão de Famalicão"; x) Camilo - "Voltas ao Mundo". Contém fotografia de A Eléctrica.
  • "O Comércio do Porto" dedica uma página a V. N. de Famalicão com o título: "Famalicão Festejará este Ano Sumptuosamente a sua festa Anual de S. Miguel".
  • Ofélio Augusto Lucas escreve o seguinte artigo no jornal "Diário do Norte", em Junho: "Vila Nova de Famalicão. A progressiva terra, plectórica de riqueza agrícola e industrial".
  • O "Jornal de Notícias", em Outubro, dedica uma página a Vila Nova de Famalicão: "Terra Laboriosa e de Belezas Imparáveis".
  • António Sarmento realiza uma conferência no Teatro Olímpia intitulada "Para Onde Vai a Crise Económica".




o pontão de antas

Ponte ou Pontão de Antas

O Dr. Manuel Sá Marques continua com as suas amabilidades para com a minha pessoa. Desta vez foi com a oferta da digitalização deste magnífico postal de Famalicão da célebre Ponte Velha de Antas, ou então, conhecido igualmente por Pontão de Antas. No mail que me enviou, a informação do sr. dr. Manuel Sá Marques diz respeito ao facto da família, os pais (Rita Olímpia e Alberto Sá Marques Figueiredo) e mais quatro irmãos encontravam-se em Vila Nova de Famalicão, escrevendo este postal para a tia Elzira, para o Palácio de São Bento, e tem a data de 1 de Agosto de 1917. Nesta altura, Sidónio ainda andava pela secretaria do ministro dos Negócios Estrangeiros.A família dos Machados tinha o hábito de vir passar férias a Vila Nova, principalmente a Rorigo, Calendário. Julgo que nem Vasco de Carvalho, o nosso historiador autodidacta e o nosso historiador positivista, não chegou a conhecer este postal. Nada como confirmar no seu livro "Imagens Famalicenses", publicado em 1955. Não deixa de ser curioso, contudo, que Martins Vieira no livro "Pontes Romanas e Pontes Românicas" (2010) não nos fala deste Pontão de Antas. Quem dele nos fala é Joaquim Ribeiro dos Santos no trabalho "Das Pontes Antigas no Concelho de Vila Nova de Famalicão", publicado no "Boletim Cultural", n.º 4, de Setembro de 1983, dele nos dizendo o seguinte: "1 - Situado na zona sul da vila, na freguesia de Antas, junto à ponte que ser a E. N. 204 e a escassos metros a poente desta, sobre o rio Pelhe, afluente da margem direita do rio Ave. / 2 - Vestígios do Pontão que outrora teria servido as comunicações rodoviárias da Vila para sul e o seu acesso pelo sul, está hoje reduzido a um arco de directriz circular, de aduelas de granito, já deformado, e sem material de enchimento que o sobreponha. / É possivel que o assoreamento do rio tenha escondido os seus arranques e a abóbada, sendo assim não totalmente aparente, apresente um volume visto menos que o real. / De qualquer modo, esta relíquia de ponte deveria estudada no sentido de garantir a conservação e de permitir em boas condições a sua vista, realizando-se para tal as obras necessárias. E se ainda não foi, deveria ser iniciado o processo para a sua classificação se mais não, ao menos como valor concelhio. / 3 - Em 1976 permiti-me elaborar um traçado conjectural do troço da via romana Cale-Bracara dentro da área geográfica do concelho de Vila Nova de Famalicão. Não me repugna admitir, atendendo à localização deste pontão, a sua ilusão no traçado, o que levaria admiti-lo como romano ou como seu directo sucessor. / Faltam-me documentos que possam provar que ele é romano. De qualquer modo é, pelo menos, arcaico e uma peça de valor no património concelhio, para não dizer como julgo que deveria ser dito no património nacional." Fica assim aqui não só este registo de Ribeiro dos Santos, como igualmente esta imagem espantosa e magnífica do célebre Pontão de Antas, agradecendo a amabilidade ofertiva ao Dr. Manuel Sá Marques com um abraço fraternal de amizade e de saudade.



sábado, 8 de janeiro de 2011

famalicão 1932



  • Daniel Rodrigues - "Do Meu Baú"



  • Nuno Simões - "Os Vinhos do Porto e a Defesa Internacional da sua Marca"

  • Bernardino Machado - "O Perigo Colonial"




  • Bernardino Machado - "`A Nação"

  • Bernardino Machado - "O Projecto de Constituição Ditatorial"
  • Júlio Brandão - "Maria do Céu"
  • Abel Folhadela de Macedo - "Migalhas da História de Portugal: Famalicão"
  • "Catálogo do Museu Camiliano de S. Miguel de Ceide"
  • É publicado o periódico "O Jornal", que teve como director e editor José Fernandes, em 24 de Fevereiro, assumindo-se como semanário político e republicano conservador.
  • O jornal "Diário da Manhã", de Lisboa, coma direcção de António de Sousa Gomes, publica o texto "Vila Nova de Famalicão: exemplo de trabalho e de esforço. Vila ridente e de encantos".
  • O jornal "A Voz", em Abril, dedica uma página a Famalicão: "Valores da Nossa Terra. Breve reportagem sobre a actividade comercial e industrial de V. N. de Famalicão".
  • O Núcleo Famalicense ao Congresso da Rádio Telefonia é constituído por Augusto de Sousa Fernandes, Agostinho da Costa Ilharco, Vasco César de Carvalho, Manuel Pinto de Sousa e José Plácido Valongo.



famalicão 1931


  • Bernardino Machado - "O Estado Novo Ditatorial"
"Quem o reclamou? Os republicanos que se puseram à frente do movimento militar de 28 de Maio, não. O programa do Estado novo é diametralmente oposto ao programa que eles tinham em mente. O comandante Cabeçadas, chefe da insurreição, escreveu numa carta de protesto, ditigida ao ditador Carmona: «O 28 de Maio começou com uma traição, e não seria de admirar que terminasse com outra», isto é, a ditadura principiou pela traição aos republicanos e tudo denuncia a sua traição à República."
Bernardino Machado
  • Nuno Simões - "As Nossas Relações Económicas com a Inglaterra"
  • Alberto Veloso de Araújo - "As Máquinas da Cultura do Milho"
  • A revista de Lisboa "Álbum de Portugal", sob a direcção de Alfredo Cândido, e publicado na editora Publicidade Turística, contém artigo sobre Vila Nova de Famalicão com o título: "Famalicão: vila cheia de encantos naturais e de deslumbramentos extasiantes". Contém também publicidade da Sampaio Ferreira, fábrica têxtil de Riba de Ave.
  • O jornal do Rio de Janeiro "Pátria Portuguesa", em Dezembro, realiza uma reportagem sobre Famalicão. "Famalicão: terra progressista. Uma entrevista ao sr. Abílio Portela".
  • O jornal bracarense "Correio do Minho" publica uma página sobre Famalicão. Tem o título geral: "Terra de Trabalho e de Progresso. A Grande Feira de Maio".
  • O jornal "Diário de Lisboa", em Fevereiro, publica uma página sobre Famalicão. "Terras de Portugal. Vila Nova de Famalicão é um centro industrial e comercial de grande importância."